- A é ditador fascista
- Todos os que não atacam abertamente A são fascistas
- B chegou a admitir qualidades a A
- Logo B é fascista
- E todos os que citam e gostam de ler B são fascistas
NOTA: qualquer ironia, sarcasmo ou anacronismo histórico não podem ser tomados em conta neste modelo matemático e rigidamente objectivo.
Ora aqui estão exemplos da aplicação deste brilhante raciocínio (atenção: exercício perigoso, não tentem fazer isto sozinhos nas vossas casas):
Mais uma vez: alguém me consegue explicar por que é que por detrás de tantos liberais intransigentes se escondem admiradores mais ou menos confessos da ditadura salazarista? Será pela mesma razão que levou Ludwig von Mises a elogiar o fascismo italiano? De facto, uma das grandes referências do «liberalismo clássico» no século XX, num livro intitulado «Liberalismo», escreveu que o fascismo italiano merecia um lugar de honra nos anais da história pelo facto de ter salvo a propriedade privada na Europa.
Quem disse que a Inquisição tinha morrido? Vejam só o que acontece a quem cita post fascistas como este:
Julgo que é agora claro que André Azevedo Alves (AAA) é um «liberal» apostado numa forma particularmente insidiosa de revisionismo histórico do salazarismo. O objectivo é o de reabilitar a «obra» do regime ditatorial fascista. É evidente que como bom «liberal» AAA não se pode declarar abertamente salazarista. Então opta por um estilo de propaganda em que a sua opinião como que se apaga para ser tantas vezes substituída pela de outros que não têm os pudores (ou a boa dose de hipocrisia) de AAA.
Resta-me questionar se o mesmo "silogismo" irá aplicar-se a tantos e tantos que, quase sempre legalmente, teceram loas aos regimes ditos comunistas, em especial a Estaline e derivados, responsáveis por milhões de mortes e outras atrocidades. Não acredito. Pois aí os "culpados" seriam tantos que impossibilitariam a exequibilidade de qualquer julgamento.
8 comentários:
Dizem os "entendidos" que ainda não passou tempo suficiente para arrefecer as cabecinhas maniqueístas:
Os "fascistas" e os que se proclamam "anti-fascistas"...
Entretanto, a Inquisição continua vivinha da silva na alma de muito pseudo-democrata.
Sininho
Tem cuidado que ainda és identificada como uma perigosa fascista da nossa praça. Eles "andem" aí...
Então serei eu "fássista" quando comento sobre Salazar?! Ou "comuna" quando comento sobre a Odete Santos ou Cunhal...
Será um "grande dilema" que coloco a mim própria e com o qual me "debato freneticamente". Toda esta "questão" traz-me "grandes dúvidas existenciais"! :))))))) Sem dúvida, alguma! ;)
Áurea, cuidado que há dúvidas existenciais não resolvidas que em tempos já resultaram em boas temporadas de cadeia e mimos vários...
Bem-vindo às hostes fásssistas!
Obrigado, António, pelas boas vindas, mas aviso desde já que não sou lá muito bom a decorar hinos nem em coreografias.
Numa sociedade Democrática, por definição, há lugar para que todos possam pensar, opinar, reunir, enfim, fazerem parte dessa mesma sociedade o que não é só um direito como também um dever.
O problema é que alguns entendem a Democracia só com palas. Daí a dificuldade em encontrar vias alternativas.
O Estado Novo promoveu uma governação adequada e progressista?
Teve coisas boas e coisas más.
Alguém duvida?
O actual sistema tem proporcionado uma governação adequada e progressista?
Tem coisas boas e coisas más.
Alguém duvida?
Só a estupidez, o ódio e interesses pessoais não permitem uma análise racional e independente, mesmo que relativa.
Pois, amigo A.Leitão, ódio, estupidez e interesses pessoais é o que mais há por aí, se bem que em muitos casos creio que a adesão cega a determinados ideais é que acaba por dar origem a sectarismos diversos.
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