sábado, 9 de junho de 2007

Escola de Toureio de Reguengos

O Café da Insónia, embora não tenha ninguém aficcionado nas touradas nem aprecie particularmente esse espectáculo, está solidário com quem cultiva essa arte milenar a qual, quer se queira quer não, é parte importante da nossa cultura e identidade. Por isso, felicito os que pretendem contra tudo e (quase) todos desenvolver entre os mais jovens nos locais e com os meios apropriados essa faceta da nossa tradição.
Perdoem-me os agentes do "progresso" que pretendem impor neste bárbaro e arcaico canto do planeta (para não falar no resto da Península, Sul de França, nem no México) aquilo que eles entendem ser "princípios de defesa dos animais" em relação a espectáculos de "tortura e barbárie". Mal sabem eles os bárbaros dos gatos que eu tenho cá em casa, mas isso não vem ao caso.

4 comentários:

Ana M. disse...

Olé, olé!
Também gosto muito de touradas.
Sou uma bárbara!

Pedro disse...

Eu gostar, gostar, não posso dizê-lo, em especial quanto ao toureio à portuguesa, mas aceito sem problemas e sem hipocrisias humanistas-progressivas. (tenho um fraco pelo toureio à espanhola, o toureio a cavalo à portuguesa não me cativa muito, mas é a nossa arte...)

Pequena Papoila disse...

Antes de mais, o meu Olá ao Pedro e à Sininho, aqui, no Café da Insónia! :)

Miau, Miau, Miau! Estes miaus são protestos de insurreição da Morgana, da Becas e do Hermes, que não têm culpa de terem um dono amigo - do qual muito gostam, certamente, e, que certamente gostará também muito deles (bichanos) - mas às vezes, com mau feitio, e, que não os soube educar com meiguice e de forma imperativa, ;) mas assertiva (!) - penso, escrevo e digo eu! :))

Quanto a ser aficionada pelas touradas, realmente não sou mesmo nada, nem sequer apologista das mesmas; embora essa tradição faça parte da cultura de alguns países latinos - resquícios de uma cultura assaz bárbara; direi mesmo: de tortura - não só de touros e cavalos, como de seres humanos (um dos legados que a grande civilização greco-romana nos deixou)! Mas enfim... são gostos, e, gostos não se discutem, ou talvez... sim, e sem querer ser radical, nem ferir susceptibilidades, vou expor com muita frontalidade - se me é permitido - neste Café de inspiração democrática (onde se cultiva o livre pensamento e expressão) os meus raciocínios e argumentos: sou de facto, contra esse tipo de espectáculo; espectáculo esse, que envolve grandes "Lóbis", que vão consubstanciando todo o seu ênfase nas mais-valias que daí possam advir, em detrimento de outros valores mais humanistas - sem nenhuma réstia de dúvida!

Até sei, reconheço e admito que este tipo de eventos inspirou e inspira muitos artistas de grande gabarito, que criaram verdadeiras e magníficas obras de arte: na literatura (prosa e poesia) pintura, escultura, música e dança, i.e., nas artes em geral! Que quanto a mim, seria de todo suficiente, a sua representação (dos tais eventos) apenas, e só, pelas artes!

Pedro disse...

"Até sei, reconheço e admito que este tipo de eventos inspirou e inspira muitos artistas de grande gabarito, que criaram verdadeiras e magníficas obras de arte: na literatura (prosa e poesia) pintura, escultura, música e dança, i.e., nas artes em geral!"

Pois, Áurea, aí está um facto incontestável, à parte todos os lóbis. Duvido que uma coisa que fosse tão má como a pintam, estivesse retratada da forma com o tem sido pelas artes e letras. Estas não são donas da verdade, mas convenhamos que raramente a tourada é tratada com desprezo e denúncia de atrocidade por elas.

Quanto ao meu mau feitio, penitencio-me por qualquer palavra desagradável, ainda que involuntária - palavra de honra - que tenha dirigido à Áurea ou a outro(a) comentador(a), mas reconheço que este "feitio" realmente não é bom, mas eu, embora evitando a grosseria e má educação estou consciente que sou feito daquilo que é bom e mau, tal como todos os elementos da natureza - principalmente os mais primários, como moi même. LOL!

O Hermes, a Becas e a Morgana estão assanhados com a parte em que está escrito "forma imperativa e assertiva". Eles lá saberão porquê, se calhar por não quererem mais proibições do que as que já têm. Mas nem por isso deixam de ser uns selvagens. Precisamente o facto pelo qual eu gosto tanto deles, pois o que gosto mesmo é da característica felina que lhes é inerente.