quarta-feira, 4 de julho de 2007

A típica filosofia da esquerda - o facilitismo crónico

In Público Online

Esquerda rejeita introdução de exames nos 4º e 6º anos proposta pelo CDS-PP
O projecto de resolução do CDS-PP para a introdução de exames nacionais nos 4º e 6º anos foi hoje rejeitado no Parlamento, com os votos contra de todos os partidos de esquerda.
Antes da votação, o líder do CDS-PP, Paulo Portas, justificou a iniciativa com a necessidade de impor a "ética do esforço" e a "responsabilização" dos alunos no ensino básico.
(...)

E aqui vêm as típicas pérolas pedagógico-sociais:

"Esta proposta é reveladora de uma profunda insensibilidade social que só nos permite classificá-la como discriminatória", contrapôs a deputada socialista Paula Barros, considerando que a aplicação isolada de mais exames seria "um motor de exclusão".

"É uma iniciativa que serve os interesses do CDS na agenda mediática, mas que não resolve os problemas do nosso sistema educativo", criticou o deputado do PCP João Oliveira. Para o parlamentar comunista, a criação de novos exames seria "um resposta parcial e limitada" e acentuaria as desigualdades entre os alunos, uma posição secundada pelo Partido Ecologista "Os Verdes".

Também o Bloco de Esquerda, pela deputada Cecília Honório, acusou o CDS de "passar ao lado" dos grandes problemas do ensino português e questionou o argumento de que mais exames iriam melhorar a sua qualidade. "Têm estudos que provem que a qualidade vai brotar dos vossos exames? Não têm. A resposta que trazem é ideologia pura", criticou a deputada do BE.

Enquanto isto continuamos a ter o pior ensino da Europa, com os alunos mais mal preparados a saírem das escolas e das universidades. Recorra-se ao programa Erasmo...

2 comentários:

Pequena Papoila disse...

Pedro,

É mesmo isso: "A típica filosofia da esquerda - o facilitismo crónico"!

Só acrescentaria que com essa filosofia de "polichinelo", as elites irão colocar os seus filhos em colégios privados (aliás, como já acontece), onde prevaleça o melhor ensino, com as melhores pedagogias, predomine e, se incentive a aprendizagem qualitativa, premiando-se o esforço e o mérito individual/colectivo; a entreajuda e solidariedade; as regras do bom comportamento com uma elevada interacção entre professores/alunos; de cidadania, dignidade por si, respeito pelos outros e, o gosto pela aprendizagem e o conhecimento!

Sou apologista dos tais exames no 4º e 6º ano. Os alunos devem ser avaliados sistematicamente nos saberes adquiridos e, os docentes nas suas competências pedagógicas, para que se possa corrigir ou ajustar o que não estiver bem:
- Sejam as dificuldades dos alunos/pais e as suas problemáticas sociais;
- Sejam as boas práticas na forma de leccionar dos professores;
- Sejam as disciplinas e seus conteúdos programáticos emanados pelo ME serem adequados, ou não.

Numa sociedade que se quer avançada e ao melhor nível da CE, esta, terá que promover a exigência, qualidade, pressupondo que os seus cidadãos adquiram uma formação com padrões de excelência! Até por que, em geral, somos avaliados constantemente ao longo da vida, quer profissional, como socialmente.

a.leitão disse...

A muito político não interessa que o Povo tenha a capacidade de pensar por si próprio, a condução do seu pensamento estará reservado às classes políticas dirigentes. Imaginemos um Povo com autonomia intelectual; bem que os políticos teriam de se pôr a pau. Daí que tudo o que possa transformar o nosso miserável ensino, terá a sistemática oposição da cambada.