sábado, 14 de abril de 2007

O grupo (anti)europeu da Nova Democracia e o convite de Monteiro a Ribeiro e Castro





Dr. Manuel Monteiro, para quê um europeísta como o dr. Ribeiro e Castro se iria meter no seu partido? O qual, para além de todos os outros inconvenientes, é um partido marcadamente eurocéptico, que rejeita a existência e consequente aprovação de uma constituição europeia e inclusive pertence a um dos partidos europeus mais eurocépticos de todo o hemiciclo do PE.

Ora vejamos:
E o que diz a moção de Ribeiro e Castro dirigida aos militantes agora para as directas de 21 de Abril:
O CDS reafirma a sua convicção como partido claramente europeísta, fazendo parte do arco fundador da adesão de Portugal à CEE. O CDS, quando critica e manifesta pontos de vista prudentes, o que deseja evitar é que a Europa corra mal e o que deseja contribuir é para que a construção europeia se desenvolva consistentemente, contribuindo para o progresso colectivo no respeito pela subsidiariedade, pela identidade dos Estados-membros e pelas democracias nacionais. Estão bem no CDS todos os que, irmanados na procura dinâmica de um cada vez mais relevante papel de Portugal na União Europeia, defendem o nosso país como soberano e europeu numa Europa de Estados e de Nações. Hoje, como sempre, o CDS considera que não é por se partilhar parte da soberania que se é menos soberano ou menos português, nem é por se a delegar mais que se é mais europeu. O CDS, partido nacionalmente responsável, não tem qualquer dúvida a respeito da sua genuína natureza europeísta.

O CDS que Manuel Monteiro e Portas criaram nos idos princípios de 90 morreu. CDS esse criado em rotura com um passado (como bem frisa Ribeiro e Castro) europeísta e fundador da adesão de Portugal, com menção honrosa para um homem como Francisco Lucas Pires que mal Manuel Monteiro assumiu o leme do CDS constatou facilmente que aquela não era mais a "casa" dele. O CDS do tempo de Manuel Monteiro morreu pois foi fruto de uma micro-época. Foi uma invenção passageira de quem agora compete com Ribeiro e Castro e de quem Manuel Monteiro guarda um rancor de morte, com razão ou sem ela não sei nem me interessa.

2 comentários:

Pequena Papoila disse...

(...) Foi uma invenção passageira de quem agora compete com Ribeiro e Castro e de quem Manuel Monteiro guarda um rancor de morte, (...)

Ora aí está a explicação e o motivo; é evidente que foi essa, a causa do convite a Ribeiro e Castro por Manuel Monteiro (pois seria mais um aliado, e oponente ao seu rival) motivada pela quezília, aliás, já bem antiga, com Paulo Portas! Nem serão necessárias mais especulações sobre o caso (penso eu) na minha óptica e raciocínio. :)

Áurea

Pedro disse...

Sim, isso também concordo, mas não posso é deixar de fazer umas comparações interessantes do ponto de vista político e histórico. Por pura viperinice mas também para demarcar a posição daquele que é o líder partidário que eu, posso assumi-lo sem rodeios nem complexos, de momento tenho como preferido e gostaria de ver vitorioso no próximo dia 21.