Como asas sem pássaro, As horas sem relógio Na Noite medida, — Enterram o Tempo!... — Enterram a Vida! No Tempo dividida, Até ao corte A que A desloco, — Vida, Que és a Morte A pouco e pouco... Que corres, corres, E me percorres com datas De luto, E morres e matas Em cada minuto… E, ao perpassares Mares de saudade Pelo mundo, — A deixares toda a verdade Da Tua eternidade De segundo!...
Rodrigo Emílio - As lágrimas ancoradas à sombra do amor, 1961
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