quarta-feira, 28 de março de 2012

Rodrigo Emílio, para sempre!

"Mar vivo de um tempo morto,
Sem rapsodos, aedos...
Havia então sempre um porto
No cerne dos arvoredos.

(E beijo ainda o teu corpo
nos meus dedos!...)

Nosso tombo e nosso ópio
Nossa noite Nosso dia
Corpo à sombra de si próprio
Cântico desta agonia

Pernas Braços — um bailado
Orquestrado em convulsão.
Ó corpo — oceano encrespado,
Crispado mas navegado
Por um corpo, um outro
Corpo — embarcação.

Varado de lado a lado
Corpo teu martirizado
Lava do mesmo vulcão

Corpo ó corpo aprisionado
À minha libertação"

1 comentário:

João Filho disse...

Caro, este poema é de Rodrigo Emílio? Apesar de apreciar e conhecer poesia portuguesa, não conhecia o poeta, fiquei deveras empolgado com o pouco que li pela internet. Grande abraço.