sábado, 20 de agosto de 2011

Cristianismo, catolicismo e nacionalismo

Qualificam o catolicismo como de cristianismo paganizado. Outros o denominam cristianismo helênico. Em todo caso, é este processo “paganizante” ocorrido quando o cristianismo conhece do hierárquico uma vez institucionalizado, como religião, nos últimos séculos de vida do Império Romano, ou refletido nos ciclos iniciáticos dos guerreiros artúricos ou imperante no germanizado (no que à valores se refere) Medievo, é este, dizíamos, processo “paganizante” o que tornou possível que o cristianismo, em alguns momentos de sua história, tenha tido caráter Tradicional e tenha se distanciado de escórias e inconvenientes humanistas (sentimentalóides, fanáticos, masoquistas,...) fatalistas, messiânicos, igualitaristas e negadores da possibilidade que tem o homem de chegar ao Conhecimento e à Identificação com o Princípio Supremo, sem ter que se conformar submissamente com o simples e pobre creer e sem ter que esperar (em uma clara amostra de fraqueza) ajudas, graças e perdões que venham do Alto, no lugar de buscar (esse homem) sua Libertação interior por si mesmo e de chegar ele ao Alto.


"Há uma máxima Tradicional que afirma que “o de baixo é um reflexo do de cima” ou que “o microcosmos” (o homem, por oposição a macrocosmo, o Universo; o ser humano como reflexo do universo ou o universo em miniatura) é (deve de ser) uma imagem do macrocosmos. Pois bem, se as civilizações Tradicionais dos homens responderam sempre ao princípio da hierarquia (estando, assim, de acordo com o princípio da organicidade [orgânico]), dito princípio hierárquico também era um reflexo da hierarquia de que os monumentos celestiais pré-cristãos (“pagãos”) demonstravam. (E é que como o Princípio Supremo se manifesta não de maneira uniforme e homogênea mas através de múltiplos fenômenos e atributos, sua emanação em formas divinas múltiplas (deuses diferentes) faria mais possível e alcançável para o comum dos homens a compreensão de uma certa natureza do Transcendente). Pois bem, este princípio da hierarquia celestial o fez seu o cristianismo mais “desemitizado” e anti-igualitário (mais católico, helenizado ou “paganizante”) na forma de alguns santos, virgens, anjos, querubins,... Que não eram mais que a sobreposição (com atributos e origem etimológico incluídos) das precedentes divindades dos monumentos pré-cristãos. Consequentemente, o protestantismo “aniquilador” de virgens e santos dá uma amostra a mais de seu caráter homogeneizante, igualitarista, anti-hierárquico, inorgânico e até anti-natural."

1 comentário:

Flávio Gonçalves disse...

O texto está linkado para lado nenhum...