sábado, 30 de abril de 2011

Dia do Trabalhador e as falácias da "modernidade"

O Dia do Trabalhador hoje é mais um anacronismo histórico como qualquer outro. O "trabalhador" de hoje já não é mais o operário que pretende ver seu número de horas reduzido para oito, tais como os da longínqua revolta de Haymarket, mas sim um "colaborador" que, pelo contrário, precisa de trabalhar o máximo de horas possível para poder manter a cabeça à tona de água. Depois há os restantes: uma "fidalguia" de parasitas que vai desde os beneficiários do RSI e subsídios afins até à classe dirigente com altas prebendas e honorários pagos pelo Erário. Pelo meio, sobraram alguns privilegiados que conseguiram seu ingresso em empresas públicas e administração estatal, os quais caíram nas boas graças dos sindicatos devido ao seu poder de paralisação.
Os "colaboradores" não são mais do que "metecos" que pagam com seus impostos todas as desventuras da democracia de Abril, no caso português. Um pouco por todo o lado, todos eles são isentos de consciência de classe, porque desde logo foram desenraizados e taxados de "burgueses" e "classe média", sem poder reivindicativo nem representação política ou cívica, vão-se aguentando mal ou bem, seja a título de "profissionais liberais" ou "trabalhadores por conta d'outrém" ou "prestadores de serviços".
Desde cedo, capitalismo e socialismo se aperceberam dos "monstros" de proletarização que criaram e dos problemas subsequentes. Os problemas e respectivas consequências agradaram e alimentaram o Socialismo e seus aparelhos: sindicatos, partidos comunistas, associações progressistas disto e daquilo e daqueloutro. As "soluções" provisórias agradaram ao Capitalismo, pois estas passaram pelo fortalecimento da banca e seus subordinados que, com injecções de capital, iam "resolvendo" as alhadas criadas pelo "monstro" proletário e pelas guerras internas e externas que entretanto, inevitavelmente, surgiram.
Neste contexto, todas as alternativas foram sabotadas. Instituições que tentaram criar uma ética para a pocilga, criar regras ao regabofe e empreendimentos de origem cooperativa foram atacados e torpedeados por ambos os lados beneficiários do sistema: socialistas, por um lado, mais seu exército de escravos; capitalistas, por outro, e respectivo núcleo execrável de usurários, vendedores de dinheiro sedentos de miséria e de vício para ter maior encaixe para seus "financiamentos" e aplicações financeiras de intrujice.
Com alguma facilidade, os biltres, hoje, riem-se das Encíclicas papais, suspirando de alívio pela pouca divulgação e atenção que estas tiveram. Uns apelam à selva guiada pela "Mão Invisível" e outros o regresso e/ou fortalecimento de um aparelho estatal que garanta centralizar toda a riqueza e produtividade gerada e assim alimentar o Leviatão com toda a pompa e em toda a circunstância.
Como a mentira não pode durar para sempre, o "sistema" está a dar o estouro - colapso financeiro dos inventores de ratings e de taxas de juro e o desaparecimento de recursos para alimentar uma população envelhecida e não produtiva, cujas causas se prendem nas invenções do progressismo, destruidor da família e da Vida Humana. Socialismo e capitalismo serão recordados pelas gerações futuras -se as houver - como os rostos da decadência da raça humana e a pior fase da sua História. 

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