sexta-feira, 5 de março de 2010

Poema que deveria estar e ter estado sempre no coração de cada português, digno desse nome

Povo meu, que de ti sais,
A ti voltas, sem parança,
E fazes — uma vez mais —
De cada braço uma lança!

Povo meu — meu povo-arrais —,
Que ao aceno azul de um cais
E a sinais de magna herança,
Vais e vens e uma vez mais,
Nos quatro pontos cardiais,
Crias espaços de esperança!...

Povo meu, que reconstróis
Escombros de sangue e brados
À custa de heróis e heróis,
De soldados e soldados!

Ao peso do teu mistério,
Rompes a eito e a direito
— e anda o mapa de um Império

Tatuado em cada peito!...

Rodrigo Emílio - Canto de parada e desfile

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