sexta-feira, 1 de maio de 2009

"Dia do Pagador"

Maio, como de costume, entra soalheiro bem de feição às criaturas de Deus se sentirem em plena Primavera a anunciar os dias prazenteiros de Verão. Em plena entrada, celebra-se o facto de um grupo de operários em Chicago ter iniciado uma marcha por direitos vários, salientando-se o da carga horária máxima de oito horas por dia. Os trabalhadores tornaram-se mártires naquela que iria ser denominada de Revolta de Haymarket.
Apesar de todo o folclore e sounbytes das associações sindicais poderem indicar que as causas em questão continuam em vigor, muitos conceitos são anacrónicos e desvirtuados. Hoje faria muito mais sentido o "Dia do Pagador". Pagador de impostos, dívidas e extorsões várias e abusivas seja por parte do Estado ou privados de capital estatal - como se usa muito nos governos neo-socialistas como o nosso. Quanto ao trabalho, a jornada das oito horas passou a ser apanágio dos privilegiados, pois os outros não podem dar-se ao luxo de abdicar das restantes e manifestações só se for para não as perder. De explorado, o trabalhador passou a escravo e ainda se ri porque julga que compra muitas bugigangas, anda de carro e vai de férias para as Maldivas. Quando ameaçam tirar-lhe a casa, aí por vezes ele acorda...

2 comentários:

CPrice disse...

assertiva esta .. mas não ironicamente gratuita. É assim sim, e cada vez mais ..

Ana disse...

Pobres e esforçados contribuintes!
As vítimas de sempre e os que não têm possibilidade de escapar a este assalto continuado à carteira.
Mesmo já no tapete, continuam a ser agredidos.

O folclore continua a servir para que cada clube arregimente os seus sócios...

Beijinhos