quinta-feira, 14 de maio de 2009

Bem cita a Susana Barbosa Aristóteles:

«Segundo Aristóteles, a actividade jurídica e a política estão unidas à moral, uma vez que o fim último da política é a virtude, isto é, a formação moral dos cidadãos, e o fim último do Estado é proporcionar o conjunto dos meios necessários a essa formação. Nesta perspectiva, o Estado é também um organismo moral, condição e complemento da actividade moral individual. Moral e política serão a mesma coisa? Não. A Política destina-se à educação da colectividade (moral social), enquanto a ética se destina à educação individual (moral individual).

É por isso que o Estado é superior ao cidadão, a colectividade ao indivíduo, o bem comum ao bem particular. Só através do Estado se realiza a satisfação de todas as necessidades, pois o ser humano, sendo naturalmente um ser vivo social (da polis, ser político), não pode aperfeiçoar-se sem o apoio da comunidade.


Contudo, a insídia e a tendência corruptível inerentes à natureza humana aproveitariam facilmente o desvirtuamento e a deturpação do princípio aristotélico da polis (e não do Estado, convenhamos). Por isso, mencionemos como inspiração viável o mestre antecessor, Platão, o qual não teve pejo em criar a separação das águas essencial para o bem comum: a autoridade e as actividades económicas. Assim, uma elite de serviço público, por esse mesmo facto de ser uma elite estava eximida de se envolver nas actividades produtivas, comerciais e especulativas e, por outro lado, a elite económica estaria por sua vez livre de preocupações políticas.

2 comentários:

Ana disse...

E não haveria o nosso primeiro de ter nome de filósofo?
É que ele (e os demais) regem todos o seu dia a dia pelos princípios aristotélicos.

Ainda por cima, foi no tempo da sua passagem pelo Ministério do Ambiente que o POLIS beneficiou o senhor arquitecto Pereira de Sousa, evitando a demolição da Torre de Santo António, na Covilhã, edifício por acabar há 30 anos...

Andei um bocadinho ao lado, não foi?
Sorry, é o meu maldito feitio...

Beijinho

Pedro disse...

Ana

Andaste um bocadinho ao lado, mas foi propositado e muito bem observado! E agora isto foi bem rimado... Já agora digo também, que me fizeste rir um bocado!