Restabelecida a anomalia no acesso domiciliário à auto-estrada que me traz aqui ao tasco e a outros estaminés, não podia deixar de dar uma achega ou outra sobre como tão louco anda o mundo e assinalar que "silly season" realmente é quando um homem quer, embora tantas e tantas vezes seja sem querer.
Tal como o Natal, e as frases e ideias feitas que nesta quadra vêm a lume, há outras celebrações e datas também a trazer sempre o mesmo rol de ruído, silêncio cúmplice e, mesmo, histeria que todos os anos se repetem impreterivelmente. É o caso da data de aniversário da funesta morte de Sá Carneiro, na qual parece que muita gente descobre sempre as mesmas conclusões, as mesmas suspeitas e impõe as mesmas exigências de investigação e justiça. Mas, chega o Natal e parece que os assassinos, sejam eles quem for, são indultados e o defunto volta para seu sepulcro, quando não há um pateta desvairado como Filipe Menezes a fazê-lo "dar voltas no túmulo". Se por acaso calhar em ano de eleições, então aí o malogrado ex-líder laranja tem a "sorte" de ressuscitar um pouco fora da estação apropriada e, mesmo depois de falecido, sua imagem, agora de mártir, é usada para conquistar alguns votos e dar uma suposta legitimidade a argumentos e ideias que nele nunca tiveram abrigo.
Outra fruta da época, é o desperdício inútil e desconchavado de energia eléctrica em iluminações pirosas que logo em Novembro dão alguma luz ao eterno breu das ruas do Porto, fazendo-nos questionar se a colocação tão precoce das ditas não pagaria mais alguns candeeiros e asseio à sempre desolada e arruinada baixa da cidade.
Na quadra festiva têm também lugar os intragáveis e pessonhentos "almoços de Natal" das empresas, tirando o pouco sossego aos habitués dos restaurantes que apenas querem fazer uma refeição tranquila. O pretexto da "confraternização" é ilusório, pois o que predomina nesses repastos é a inibição e desconforto de uns a contrastar com o desvario de outros que, bem regados ou não, aproveitam a ocasião para a gabarolice mais pateta, inútil e pueril, quando não para a libertação de fel em manifestações de pura má língua em relação a ausentes.
Agravado pelo frio e a chuva, o trânsito torna-se ainda mais infernal do que o costume, pois o bom portuga com um subsídio natalício transforma-se no mais próspero preguiçoso e egoísta à face do Planeta. Para piorar ainda tinha de vir a descida do preço dos combustíveis para aumentar o regabofe...
Pronto, querido café, já te chega de resmunguice aqui de moi meme? Ainda não viste nada, deixa chegar mais perto a quara festiva...
Tal como o Natal, e as frases e ideias feitas que nesta quadra vêm a lume, há outras celebrações e datas também a trazer sempre o mesmo rol de ruído, silêncio cúmplice e, mesmo, histeria que todos os anos se repetem impreterivelmente. É o caso da data de aniversário da funesta morte de Sá Carneiro, na qual parece que muita gente descobre sempre as mesmas conclusões, as mesmas suspeitas e impõe as mesmas exigências de investigação e justiça. Mas, chega o Natal e parece que os assassinos, sejam eles quem for, são indultados e o defunto volta para seu sepulcro, quando não há um pateta desvairado como Filipe Menezes a fazê-lo "dar voltas no túmulo". Se por acaso calhar em ano de eleições, então aí o malogrado ex-líder laranja tem a "sorte" de ressuscitar um pouco fora da estação apropriada e, mesmo depois de falecido, sua imagem, agora de mártir, é usada para conquistar alguns votos e dar uma suposta legitimidade a argumentos e ideias que nele nunca tiveram abrigo.
Outra fruta da época, é o desperdício inútil e desconchavado de energia eléctrica em iluminações pirosas que logo em Novembro dão alguma luz ao eterno breu das ruas do Porto, fazendo-nos questionar se a colocação tão precoce das ditas não pagaria mais alguns candeeiros e asseio à sempre desolada e arruinada baixa da cidade.
Na quadra festiva têm também lugar os intragáveis e pessonhentos "almoços de Natal" das empresas, tirando o pouco sossego aos habitués dos restaurantes que apenas querem fazer uma refeição tranquila. O pretexto da "confraternização" é ilusório, pois o que predomina nesses repastos é a inibição e desconforto de uns a contrastar com o desvario de outros que, bem regados ou não, aproveitam a ocasião para a gabarolice mais pateta, inútil e pueril, quando não para a libertação de fel em manifestações de pura má língua em relação a ausentes.
Agravado pelo frio e a chuva, o trânsito torna-se ainda mais infernal do que o costume, pois o bom portuga com um subsídio natalício transforma-se no mais próspero preguiçoso e egoísta à face do Planeta. Para piorar ainda tinha de vir a descida do preço dos combustíveis para aumentar o regabofe...
Pronto, querido café, já te chega de resmunguice aqui de moi meme? Ainda não viste nada, deixa chegar mais perto a quara festiva...
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