domingo, 20 de julho de 2008

Contestar os que contestam a contestação, ou como se está a concertar um ataque aos nossos jovens e à assistência do Estado, nosso sustentozinho

Lamentável. (Gosto particularmente desta palavra, soa e expressa na perfeição a indignação bem pensante e séria!) Lamentável, dizia eu, vir agora a líder do propalado maior partido da oposição verberar contra os subsídios aos nossos jovens. E pior. Criticar a "política assistencial, de ajudas, subsídios e patrocínios que começa na família e acaba no Estado" é um ataque soez à nossa prometedora juventude, retirando-lhe o direito de ter um sustento sem precisar de se envolver no competitivo e predador mundo do trabalho nesta sociedade de capitalismo selvagem!
Quanto mais cedo os jovens tiverem de se preocupar com mundanidades e minudências prosaicas como o sustento, o custo de vida e o futuro do ponto de vista profissional, menos tempo terão para as actividades e as vivências próprias da juventude. É estarrecedor saber que muitos jovens nunca foram ao Chapitô, nunca participaram numa manifestação anti-imperialismo - ou anti-Bush, que é o mesmo - antiglobalização, nunca tenham participado em nenhum festival beneficente nem festa do Avante ou similares. E, pior que tudo, critiquem aqueles que participem em saudáveis actos de desobediência civil perpetrados contra os agentes causadores do Aquecimento Global e do capitalismo.
Tais sintomas fascizantes não são mais do que o resultado de um estímulo generalizado da moda neoliberal à iniciativa privada, os quais pelos vistos não é suficiente para a líder do PSD! Incrível!

3 comentários:

Ana disse...

Realmente esta personagem não se enxerga.
E o que ela disse sobre o casamento, hein?

É passar-lhe já uma corda ao pescoço, antes que as más ideias germinem.
Pareço radical demais?
Ainda não viste nada.

Abraço afogueado

Pequena Papoila disse...

Pedro,
Este texto "provocador/contraditório" está completamente imbuído de uma certa ironia subtil (que à priori me confundiu), escárnio e "maldizer" :) - à "Manelinha" e aos subsídios atribuídos pelo Estado à custa dos nossos impostos; sendo depois muito mal distribuídos e mal parados!

Olá Ana,
Se me é permitido acho realmente a resposta muito radical! ;)
Mas se é assim, só uma pequena amostra do outro lado da Aninhas, ui, ui o que será uma Ana por inteiro, aborrecida!

Concluindo: gostei muito da forma e do conteúdo do dito texto. Pedro, essa mente está cada vez melhor - mais elaborada e intrincada que nunca!

Abraços e Beijocas à Ana a ao Pedro

Pedro disse...

Ana

Nunca se é radical de mais, nem nunca o suficiente! Por isso, se dizes "uma corda ao pescoço", eu digo "guilhotina". Não era o que se fazia durante a a fase da tão propalada e bem amada Revolução Francesa?

Áurea

Escusado será dizer que folgo muito em tê-la de volta.
Passando a fase introdutória dos cumprimentos e da cordialidade, asseguro-lhe que não pratico as ironia, mas sim a acção - leia-se explosivos e bombas relógio e raptos de francesas católicas! A revolução está aí!