terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Faz hoje um ano...

Do referendo da interrupção voluntária da gravidez. Na altura abstive-me, convencido que era opção mais de acordo com minha consciência. Se soubesse o que iria ocorrer a seguir no que toca a medidas do governo, que na altura sobre elas mentiu descaradamente, teria votado NÃO.

Teria votado Não, porque é inconcebível isentar da taxa moderadora quem interrompe voluntariamente sua gravidez, ao passo que são fechados centros de saúde em muitos pontos do país.

Teria votado Não porque acho execrável que se despenalize o aborto, tal qual foi feito por artimanha jurídica, não apenas após as 10 como após 12 e mais semanas de gravidez. Pois aí não se trata de somente uma interrupção de algo inesperado, mas sim de um crime calculado, irresponsável.

Teria votado Não, devido à impossibilidade de médicos e mais agentes de saúde serem impedidos de invocar objecção de consciência para perpetrar aquilo que para eles, pelo menos para aqueles que utilizassem este recurso, constitui um crime.

Teria votado Não, acima de tudo porque quem defendeu o Sim, em especial o sector ligado ao governo, mentiu vergonhosamente acerca destas e de outras questões.

Mas, hoje isto até passa despercebido, pois as mentiras são tantas e tão descaradas… Enquanto isso a vida humana cada vez vai valendo menos.

2 comentários:

Zé Luís disse...

Também me enganei numa eleição mas na próxima não darei o voto ao PS. Juro que foi a 1ª e última vez.

Pedro disse...

Zé Luís
É com os erros que se aprende.