sábado, 23 de fevereiro de 2008

Com a verdade te enganas II

O Insurgente capitulou; comemoremos, camaradas!

Brinquem, brinquem... Qualquer dia torna-se a pura realidade neo-realista e neo-socialista...
Não temais pelos hackers, pois desses duvido que os haja de esquerda ou extrema-esquerda (é uma actividade demasiado individualista para essas sensibilidades...), mas sim pela intervenção sapiente dos reguladores de opiniões perigosas e desviantes - basta uma ERC um pokito mais interventiva, vá lá.

2 comentários:

Miguel Madeira disse...

"Não temais pelos hackers, pois desses duvido que os haja de esquerda ou extrema-esquerda (é uma actividade demasiado individualista para essas sensibilidades...)"

Por acaso, eu até tenho uma teoria (a partir da qual há muito que penso em fazer um post) de que a esquerda (ou melhor, os seus adeptos) tende a ser mais individualista do que a direita (seria interessante comparar a percentagem de indivíduos a viver sozinhos em ambas as alas - quase que apostava que há mais na esquerda). Se a minha teoria estiver certa, então é de esperar que haja muitos hackers de esquerda (e, já agora, muitos pintores, escritores e compositores de esquerda)

Ou talvez haja muitos hackers liberais e anarco-sindicalistas e poucos conservadores e e comunistas ...

Pedro disse...

Caro Miguel

A comparação real é sempre um tanto ou quanto complicada, quanto mais não seja devido à dificuldade em apurar de modo objectivo e efectivo quem e quando se pode considerar de esquerda ou de direita. Por isso qualquer estereótipo acaba por cair por terra - tal é o caso desta minha brincadeira, que vem na sequência daquilo que eu entendo ser uma brincadeira dos tipos do Insurgente. Há uma reacção neste momento típica de quem anda pela web em sites e em blogues de quando o seu espaço se vê em dificuldades, atirar as culpas a alegados "hackers" do outro lado da barricada.
Daí eu, na tanga, pegar na ideia feita do "colectivismo" de esquerda e criar o paradoxo com a actividade tida por "individual" - que poderá ser outro estereótipo. No entanto, na teoria, pode haver um contra-senso entre quem tem uma visão genuína propensa ao colectivismo e o carácter antigregário do hacker típico... Isto sem qualquer desprimor para o interesse e validade da tua teoria, mas aí deixa-me sugerir-te que é sempre arriscado comparar a opção de vida (solteiro, casado, celibato...) com a actividade escolhida. Não faltam por aí vidas duplas e facetas ocultas... Por outro lado, não falta quem coloque os anarco-sindicalistas, não obstante o consumo compulsivo de Chomsky por parte de vários ramos da esquerda marxista, fora do eixo ideológico típico da Esquerda.

Abraço
Pedro