terça-feira, 9 de outubro de 2007

Iniquidades e injustiças num Estado desgovernado que vive da cobrança fiscal

Deve ser problema meu, mas não entendo porque há-de considerar-se uma injustiça, ou até mesmo iniquidade!, acabar com a injustiça e discriminação fiscal que os pais casados ou viúvos que têm vindo a sofrer no IRS. Actualmente quem quer ter benefícios fiscais e de segurança social para si e família tem simplesmente de não casar e manter uma falsa situação de mãe (ou pai, não sei ao certo) solteira. Assim como não acho injustiça nenhuma, nem em relação a outros contribuintes nem em absoluto, dar-se benefícios fiscais às famílias com mais de dois filhos.
Todos nós somos roubados pelo Estado. É certo. Porque será alguma iniquidade pretender que alguns sejam menos roubados? Mesmo que pagássemos todos menos impostos, mesmo se fosse o mínimo possível, estaria sempre do lado das famílias numerosas e estáveis para que estas pagassem sempre menos.
Por isso abro link para esta petição que acho mais que justa e oportuna.
Eu sou solteiro e duvido, embora não afaste em definitivo a hipótese, que venha a constituir família, por isso não sou de todo parte interessada no assunto.
Ah... Isto é capaz de ser uma heterodoxia sim na minha assumida costela liberal, mas duvido que alguém se importe ou preocupe.

6 comentários:

Ricardo G. Francisco disse...

Pedro,

Porque é que quem tem filhos deve ser subsidiado por quem não tem?

Tambem como declarção de intenções...eu tenho uma filha...

Pedro disse...

Ricardo
Preferia abordar o assunto assumindo que, se há um fundo de maneio que o Estado tem disponível - fruto dos nossos impostos - e havendo beneficiários desse fundo, penso ser mais justo dar prioridade a quem dá origem a mais futuros contribuintes. Isto para além do facto, para mim muito importante, de a instituição família ser fundamental num Estado e sociedade livres e equilibrados. E como tal mais beneficiada que outros estilos de vida, que nem por isso terão menos legitimidade nem liberdade.

Um abraço e obrigado pela visita
PJF

Pequena Papoila disse...

Ó Pedro deve começar a pensar seriamente em fazer parte daqueles que trabalham arduamente para o aumento da natalidade - e não é só com pagamento de impostos -, mas também contribuindo para o aumento efectivo e numeroso de mais cidadãos para este País envelhecido. ;) Por mim, já dei a minha quota-parte, :) com dois filhos, aos quais irei incentivar - mas nunca a pressionar, só porque sim - quando chegar a altura, a procriarem, se for do gosto e interesse deles.

Pedro disse...

Eu, Áurea? Deus me livre! Ao que vejo por aí, prefiro ser como o Frei Tomaz... Além disso, sou muito mau de aturar.

Ricardo G. Francisco disse...

Pedro,

O meu problema é olharmos para o fruto dos impostos como uma pool de recursos a distribuir. Cada um tem as suas ideias sobre a que grupos ou actividades devem ser alocados esses recursos. Eu até concordo consigo sobre as prioridades...mas prefiro "lutar" pela não atribuição de recursos de todo, a única forma de reduzirmos a carga fiscal.

Um abraço,

Ricardo

Pedro disse...

Pois é, Ricardo. A fúria reivindicativa e a pedinchice que imperam neste país acabou por me deformar em termos de pensamento distributivo do recurso que também luto para que seja reduzido: a carga fiscal. Continuo, no entanto, a pensar que há prioridades que devem asseguradas.

Abraço
Pedro