segunda-feira, 10 de setembro de 2007

É muito cómodo quando os outros escrevem o que nós pensamos, fica grande parte do trabalho feita

In Blasfémias, post de JCD

Estado de Negação
É angustiante ver toda aquela gente, na Festa do Avante, comemorar os 90 anos de uma das maiores tragédias da humanidade. Tanto júbilo pela revolução que assassinou milhões de pessoas, enviou outros milhões para a prisão, promoveu a denúncia, generalizou os trabalhos forçados, praticou a escravatura no século XX, em nome das grandes obras de regime, privou as nações das mais básicas normas democráticas e fez com que populações inteiras vivessem sem nunca provar o sabor da liberdade. É angustiante perceber que na era da informação ainda há tanta gente que celebra e venera o comunismo. Como é possível desconhecerem que, a par de todos os crimes que cometeu, o ideal comunista não faz mais do que globalizar a miséria pela fatia do mundo que cresceu a partir de Outubro de 1917, iludida pela banha-da-cobra marxista-leninista? Não seria muito diferente celebrar a peste negra, o holocausto, o último tsunami ou a SIDA. E se em 90 anos de tentativas não têm um único caso de sucesso para apresentar, o que é que festejam aqueles tipos? (*) Há coisas que não mudam. O PCP sempre glorificou os seus militantes que atravessaram a longa noite na clandestinidade. Agora é o IVA que anda clandestino. A jornalista da RTP não conseguiu que lhe passassem um recibo de jantar na Festa do Avante. O IVA é do partido, não é do governo.

2 comentários:

Ana M. disse...

Atitude bem portuguesa essa de não passar recibo.
Os senhores da festa dirão que não festejam o que "correu mal", os chamados "desvios", ou "acidentes de percurso" mas festejam, isso sim, os ideais que continuam vivos e ainda hão-de levar aos tais amanhãs que cantam.
Onde se encaixam aqui as FARC, a Coreia do Norte e outros exemplos de democracia, é que não sei.
Mas também não sou obrigada a saber tudo, não é verdade?

Pedro disse...

Encaixam no totalitarismo que o PCP sempre defendeu desde o tempo da outra senhora, mas sempre muito bem embrulhadinho nos tais "amanhãs que cantam".