quinta-feira, 26 de julho de 2007

Poses e pozinhos do poder ex-revolucionário

In Small Brother (post de Filipe Melo Sousa)

Eis Maria José Morgado, a nova justiceira do povo. Uma burocrata de Lisboa, com um batalhão de investigadores a seu serviço. Todos pagos pelo contribuinte português. Abre e reabre processos arquivados. Com base em livros especulativos (Eu, Carolina). Com base em depoimentos encomendados pelo principal interessado na condenação do arguido.

O contribuinte anda a subsidiar estrelas televisivas, viciadas em poses cheguevarianas com capa de Channel, que promovem megaprocessos mediáticos, pois não vivem senão destes. Neste país quando se adquire determinada fama, não importa como, e esta é positiva há condições quase sempre para se dormir descansado o resto da vida à sombra dela. É o caso dessa senhora, que o tempo há-de demonstrar tratar-se do maior bluff que algum charlatão alguma vez conseguiu impingir. Uma palavra de "apreço" ao seu mais-que-tudo (ou ex-marido, pouco me interessa e importa, pois fazem-me asco tais criaturas) que esta semana na Sábado vem a vangloriar-se que "interrompia reuniões do CDS para escavacar tudo"; mas que agora deixou-se disso "pois descobriu as coisas boas da vida, próprias de quem envelhece" (!!). Passe a fanfarronice tipicamente tuga, faz todo o sentido ao ler essas pérolas o provérbio "Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és". Pois são ambos nada mais que farinha do mesmo saco, do mesmo grupo geracional e social que passou pela mesma escola, a qual ainda dá e dará cartas para mal deste país.

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