Vi tudo, ouvi os médicos dizerem que teria um mês ou dois de vida, mas não podia reagir”, afirmou Jan Grzebski, trabalhador ferroviário polaco que entrou em coma em 1988 depois de ser atingido na cabeça por um vagão.
“Quando entrei em coma só havia chá e vinagre nas lojas. A carne era racionada e formavam-se filas intermináveis nas bombas de gasolina”, recorda Jan, contando como ficou espantado ao saber que o comunismo tinha acabado e mais ainda ao ver pessoas nas ruas “a falar ao telemóvel, e a queixar-se constantemente”. “Eu, pela minha parte, nada tenho a lamentar”, sublinha.
7 comentários:
Recomendo-te um filme muito bom sobre este assunto: Good Bye Lenine
Já por cá... ainda há muita gente que não saiu do coma.
Filipe, obrigadão, mas vi sse filme no cinema há cerca de 3 anos e adorei. A história realmente assemelha-se em vários aspectos. A diferença principal é que este senhor, ao contrário da outra personagem, para além de não ter nenhumas saudades do passado não entende como alguém pode queixar-se de viver o presente, ou seja a libertação.
Sérgio, esta história ensina-nos que a esperança é a última a morrer, apesar dos comas que resistem...
Não resisto a comentar este post...
Sempre que alguém acorda de um estado comatoso prolongado ou que sucede uma cura inesperada vem o relato de que os médicos tinham dito que só tinha X meses de vida...
Já levo alguns anos de estágio hospitalar e nunca vi nenhum médico dizer a ninguém:
- Olhe, já não chega ao Ano Novo...
Mais uma acha para a discussão sobre a Eutanásia...
O "Adeus Lenine" é um grande filme.
Adorei o comentário do Sérgio Aires.
Assino por baixo.
Pedro
Como já lhe respondi no seu blogue, limito-me a saudá-lo e a desafiá-lo a visitar-nos mais vezes.
Sininho
Cada vez mais nos apercebemos da sacralidade da vida, mesmo quando esta é ínfima e aparentemente vegetativa. O Goodbye Lenine é grande filme, sim.
A.Leitão
Já sou mais um também a assinar. :))
Enviar um comentário